A Primeira República brasileira

 Constituição de 1891

  • Primeira Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
  • Inspirada no modelo dos Estados Unidos, adotou a forma de governo republicano e federalista.
  • Instituiu a separação entre Igreja e Estado.
  • Introduziu o voto aberto (não secreto), porém restrito a homens alfabetizados maiores de 21 anos.
    • Pessoas analfabetas, mulheres, pessoas em situação de rua, soldados e religiosos de ordem monástica (frades, freiras e monges) não podiam participar das eleições. 
  • Estabeleceu mandatos de quatro anos para o presidente, sem reeleição consecutiva.

Símbolos republicanos

  • Substituição dos símbolos monárquicos pelos republicanos.
  • A bandeira nacional passou a ter o lema "Ordem e Progresso", inspirado no positivismo.
  • O hino nacional foi mantido, mas com ajustes.
  • O brasão e o selo nacionais foram reformulados para refletir o novo regime.

República da Espada (1889-1894)

  • Primeiro período da República, governado pelos militares Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) e Marechal Floriano Peixoto (1891-1894).
  • Governos autoritários, com forte repressão a revoltas.
  • Deodoro da Fonseca enfrentou oposição e renunciou.
  • Floriano Peixoto consolidou a República reprimindo revoltas, como a Revolução Federalista e a Revolta da Armada.

Revolução Federalista (1893-1895)

  • Conflito no sul do Brasil entre federalistas (defendiam maior autonomia dos estados) e republicanos (favoráveis ao governo centralizado).
  • Aconteceu principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
  • Foi duramente reprimida por Floriano Peixoto.

Revolta da Armada (1891 e 1893-1894)

  • Rebelião liderada pela Marinha contra o governo republicano, exigindo eleições diretas e maior participação política.
  • Ocorreu em dois momentos:
    • 1891: Contra Deodoro da Fonseca, que renunciou.
    • 1893-1894: Contra Floriano Peixoto, que reprimiu violentamente a revolta.

República Oligárquica (1894-1930)

  • Período dominado pelas oligarquias agrárias, especialmente de São Paulo e Minas Gerais.
  • Poder político controlado por grupos regionais, que usavam influência econômica e política para se manter no poder.
  • **Oligarquia é a forma de governo em que o poder político está concentrado num pequeno número pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico ou corporação.

Política dos Governadores

  • Criada pelo presidente Campos Sales para manter a estabilidade política.
  • Aliança entre o governo federal e os estados, garantindo que apenas aliados políticos ocupassem cargos públicos.
  • Controlava o Congresso por meio do apoio das elites estaduais.

Coronelismo

  • Prática política em que os "coronéis", grandes latifundiários, exerciam forte influência sobre a política local.
  • Mantinham controle sobre eleitores e funcionários públicos por meio do uso da força e da dependência econômica.

Voto de cabresto

  • Sistema de manipulação eleitoral no qual os eleitores eram forçados ou coagidos a votar em candidatos indicados pelos coronéis.
  • Como o voto não era secreto, os coronéis conseguiam fiscalizar e punir quem não seguisse suas ordens.

Clientelismo

  • Relação de troca de favores entre políticos e eleitores.
  • O político oferecia benefícios, como empregos e pequenas obras, em troca de votos e apoio político.

Política do Café com Leite

  • Alternância do poder entre as oligarquias de São Paulo (café) e Minas Gerais (leite).
  • Mantinha o controle político nacional, evitando que outros estados interferissem na presidência.

Convênio de Taubaté (1906)

  • Acordo entre os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para garantir preços altos para o café.
  • O governo comprava o excedente da produção cafeeira e estocava, garantindo a valorização do produto.
  • Beneficiou grandes cafeicultores, mas prejudicou a economia a longo prazo.