1. Economia Feudal (séculos VIII-X)
Autossuficiência dos feudos: Produção agrícola e artesanal destinada ao consumo local.
Comércio reduzido: Trocas esporádicas entre feudos, com pouco uso de moedas.
Moedas variadas: Cada senhor feudal cunhava sua própria moeda, dificultando as transações.
2. Renascimento Comercial (séculos X-XV)
Baixa Idade Média: Período de transformações que revitalizou o comércio na Europa.
Cruzadas (séculos XI-XIII):
Impacto nas trocas comerciais: Movimentação de tropas e mercadorias entre Europa e Oriente.
Aumento da produção: Necessidade de abastecer as tropas estimulou a produção agrícola e artesanal.
Integração cultural e comercial: Contato entre diferentes povos e regiões.
3. Expansão do Comércio
Feiras medievais:
Locais de troca de mercadorias em rotas comerciais estratégicas.
Exemplos: Feiras de Champagne (França), Sevilha (Península Ibérica), Pisa (Itália), Antuérpia (Flandres).
Rotas comerciais:
Mar Mediterrâneo: Principal eixo comercial, ligando Europa, Norte da África e Oriente.
Mares Báltico e do Norte: Rotas secundárias importantes.
Cidades comerciais: Gênova, Veneza, Constantinopla, Barcelona e Marselha se destacaram como centros comerciais.
Rotas comerciais na Europa e no Mediterrâneo nos séculos XII e XIII.
4. Desenvolvimento de Novas Práticas Comerciais
Uso de moedas: Cunhagem de moedas de ouro e prata para facilitar as transações.
Cambistas e banqueiros: Surgimento de profissionais especializados em troca de moedas e empréstimos.
Letras de câmbio: Documentos que permitiam pagamentos sem transporte de grandes quantias de dinheiro.
Associações de mercadores:
Liga Hanseática: Associação que reunia mercadores de cerca de 100 cidades.
Padronização de pesos, medidas e regras comerciais.
5. Ampliação do Trabalho Artesanal
Corporações de ofício:
Oficinas lideradas por mestres artesãos.
Aprendizes trabalhavam em troca de moradia e alimentação, aprendendo o ofício.
Profissões comuns: ferreiro, marceneiro, ourives, alfaiate, sapateiro, ceramista.
Mobilidade social: Possibilidade de trabalhadores rurais migrarem para as cidades e se dedicarem ao artesanato.
6. Conflitos com a Igreja
Usura:
Condenação pela Igreja Católica da obtenção de lucro no comércio e empréstimos com juros.
Associada ao pecado e vista como desrespeito aos princípios cristãos.
Justo preço: Conceito defendido pela Igreja para evitar a exploração no comércio.
7. Impactos do Renascimento Comercial
Crescimento das cidades: Urbanização e formação de centros urbanos ao longo das rotas comerciais.
Declínio do feudalismo:
Enfraquecimento dos laços de dependência entre servos e senhores feudais.
Aumento da mobilidade social e econômica.
Preparação para a Idade Moderna: Expansão comercial e urbana pavimentou o caminho para transformações políticas e econômicas futuras.