Representação de Chineses, in Jan Huygenvan Linschoten – Itinerario, Amsterdão, 1596 |
Entretanto, a sociedade nas Américas não se assemelhava à europeia, limitando-se, em sua maioria, à extração de recursos naturais. Por exemplo, o território que hoje é o Brasil era valorizado por seus recursos naturais, mas não possuía uma sociedade estruturada nos moldes europeus. Nesse contexto, podemos observar como se deu o contato entre o mundo europeu e as sociedades americanas, mediado por comerciantes em busca de lucro.
No entanto, é importante reconhecer que, quando os europeus chegaram à China, encontraram uma sociedade altamente desenvolvida e complexa. Ao contrário do pensamento eurocêntrico da época, a China já possuía uma sociedade estabelecida há milênios, com uma vasta burocracia e uma cultura baseada na escrita. A China era uma potência comercial, com diversas rotas e produtos cobiçados, como chá, seda e porcelana.
A chegada dos europeus à China não visava apenas a exploração, mas também o estabelecimento de rotas comerciais lucrativas. No entanto, ao contrário do que se pensava na época, o mundo oriental não estava em um estágio inferior de desenvolvimento em relação ao mundo ocidental. A China, com sua longa história e rica cultura, desafia a ideia de supremacia civilizatória europeia, mostrando que havia uma diversidade de culturas e sociedades no mundo, cada uma com suas próprias realizações e contribuições para a história global.
China Colonial: O mundo chinês e a mundialização no século XVI
GRUZINSKI, Serge. A águia e o dragão: ambições europeias e mundialização no século XVI. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
PRADO JR., Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1984.