Hoje quando pensamos em Páscoa nos lembramos de Jesus Cristo, coelho da Páscoa e ovos de chocolate, mas qual a relação de tudo isso?
Antes da era cristã, a Páscoa era uma celebração que marcava a chegada da primavera no hemisfério norte. A palavra em si vem do hebraico “Pesach” que significa “Passagem”, e esse rito de passagem anual era celebrado em diversas culturas antigas como a grega, romana e persa, envolvendo rituais de fertilidade e renovação de vida.
Na cultura judaica, a qual Jesus estaria inserido quando vivo, a Páscoa era também a comemoração da libertação dos judeus da escravidão no Egito, a celebração que ainda hoje é realizada envolve uma série rituais incluindo a limpeza da casa, uma tradição com mais de 3.000 anos.
Mas e o coelho e o ovo?
Ainda que o coelho não coloque ovo, na páscoa eles estão associados de forma bem ampla, mas esses costumes vieram de lugares diferentes.
O coelho tem relação com a representação de fertilidade e renovação da vida por diversas culturas antigas, como os egípcios. Já o ovo, provavelmente seja contribuição dos povos germânicos que cultuavam a deusa Ostara, ligada a fertilidade. Segundo algumas teorias, acreditava-se que ela transformava pássaros em coelhos que colocavam ovos coloridos como parte da celebração da primavera.
E o Chocolate, onde entra nessa história?
Apesar do chocolate ser uma iguaria americana e ter pouco haver com o que acontecia na cultura mediterrânea ela foi inserida depois do contato das américas com as culturas europeias.
Até o século XIX, na Europa era comum ovos feitos de açúcar ou amêndoas, decorados coloridos. Com o desenvolver da produção de alimentos utilizando chocolate começou a se confeccionar diversos doces, sendo incluída nas receitas da Páscoa.
Embora a celebração da Páscoa tenha desenvolvidos feições diferentes ao longo do tempo por diversos povos e culturas, esse dia está quase sempre ligado à renovação, esperança e celebração da vida.